Com Os florais perversos de Madame de Sade, os autores Ruth Barros, Marcos Gomes e Heloísa Campos se propuseram a criar um romance libertino nos moldes dos que eram escritos no século 18, tão ricos em pornografia quanto em filosofia, duas armas eficazes na crítica à sociedade.
O livro é também um grande romance histórico, cuja ação vai dos anos anteriores à Revolução Francesa até os dias de glória de Napoleão, período narrado com propriedade por Joséphine, mulher que adquiriu sabedoria e riqueza vultosas, construídas sobre os sete pecados capitais.
As descrições e conceitos de época são absolutamente fidedignos, pois os autores trabalharam durante mais de dois anos na pesquisa e construção do romance. Heloísa, infelizmente, morreu nos primeiros meses do trabalho.
Editada pela Rocco, a obra é elegantemente repleta de sexo para diversos gostos. “Quisemos reeditar o romance libertino, o folhetim libertino dessa época especial da História que foram os tempos da Revolução Francesa”, diz a jornalista Ruth Barros, criadora da principal personagem do livro. “Anterior a Freud, Sade tenta desvendar as motivações do prazer e da crueldade, alcançando momentos de grande originalidade como filósofo, mas muito monótono como escritor”, complementa ela.
O livro construído por Ruth e seus colegas se apóia em uma vasta pesquisa, tem uma lógica verossímil e é bem escrito – qualidades raras em qualquer literatura. Mais raras ainda quando o erotismo é um dos ingredientes da obra.
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