A dança dos minutos
Nos olhos aguados dos mares
Dos anos verdes alfaces
Verdura fresca no delírio
Atração veneno ao olhar mais bonito
Olhares da terra e fogo
Ardem nas queimadas dos corações
Cadeira incendiada no entrelaçar das mãos,
Roupas no sofá da sala.
Na dança das noites
Copos transbordando amor pleno
Beijos a goles
Sugando os corpos ardentes
Cadeira balanço do arfar flutuante
No suor transpiração dos desejos
Contemplação das bocas no prazer e amor,
Roupas no tapete de veludo
Na dança das manhãs
Engolidas com o musicar de outra vez
Dos ais de não poder mais
Cadeira equilibrista às mordidas
Do bem querer das peles tresloucadas
Leite das carícias sorvidas em soluços
Goles, gritos da vida única e una,
Roupas no chão.
Na dança das madrugadas
Escuro tragado pelo sol maior
Despertar das horas, dias e anos.
Cadeira perpétua e confidente até o fim
Iluminada pelo veio da luz,
No buraco anelado da janela,
Marasmo estático
Assiste a solidão fértil e líquida
Dos olhos abertos vermelhos
Roupas insones sozinhas
Sentadas...
Música ausente
Ah! A dança das Vampiros...
Autora:Cintia Thomé
Linda demais essa poesia...
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